quarta-feira, 28 de julho de 2010

Impotência Política

"Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir" (Sêneca)


Ontem o dia não foi dos melhores, mas quando coloquei minha cabeça sobre o travesseiro, refleti sobre os acontecimentos e lembrei-me logo de um artigo do curso de Adm Pública, que fiz no ano passado pelo Senado, que também foi publicado no Blog Rascunhos Compartilhados, do artigo de Jo Freeman, “A Tirania das Organizações Sem Estrutura” (1970), que alertava que os agentes com dogmas anti-hierárquicos acabavam legitimando e encobrindo um outro tipo de hierarquia, “as panelas”, sem a clareza das hierarquias bem definidas em organogramas verticais ou camadas de relevância. Mesmo em empreendimentos mais anárquicos, como nas ONGs ou grupos de voluntários, autoridades surgiriam a partir de fatores como a consistência das contribuições e/ou o grau de envolvimento [meritocracia].

Abaixo um trecho de “A Tirania das Organizações Sem Estrutura”:

Impotência política

“...Quando um grupo não tem uma tarefa específica (e a conscientização é uma tarefa), as pessoas voltam suas energias para o controle de outras pessoas do grupo. Isto não é feito tanto por um desejo maligno de manipular os outros, quanto pela falta de alguma coisa melhor para fazer com seus talentos. Disputas internas e jogos de poder pessoais tomam conta do dia. Quando um grupo está envolvido numa tarefa, as pessoas aprendem a conviver com os outros como são e a desprezar antipatias em benefício de objetivos maiores. Há limites colocados à compulsão de moldar cada pessoa à concepção que se tem do que deve ser.
O fim da conscientização deixa as pessoas sem direção e a falta de estrutura as deixa sem meios de chegar lá...”

E para reflexão:

O que é Hierarquia?
Por Carlos Nepomuceno

“Organização social em que se estabelecem relações de subordinação e graus sucessivos de poderes, de situação e de responsabilidades”
No mundo 2.0, estamos precisando de oxigênio e dinamismo.
Assim, a nova hierarquia estará mais baseada no mérito, do que nas funções, pois o que interessa é quem pode naquele momento ajudar a resolver dado problema, independente qualquer cargo.
Não estamos no mundo sem responsabilidades, mas de um novo tipo de responsabilidade, mais compartilhada, para se ganhar dinamismo e, portanto, inovação.
O ser humano tem uma capacidade limitada de receber informações e agir.
Portanto, precisa priorizar.
E para priorizar necessita basicamente de filtrar e criar prioridades.
De funções, tempo e de atividades.
Qualquer mundo que nós entremos será regido por essa limitação.
E será estabelecida algum tipo de hierarquia mais ou menos flexível.
Algumas coisas e pessoas terão mais relevância que outras, pois não podemos dar atenção a tudo!

A não ser que inventem outro ser humano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

É sempre um prazer receber seu comentário sobre esse artigo.

Um forte abraço,

Rose Sousa