quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Foi o 28 de Novembro...

Hoje eu queria ser um blogueiro normal - não um blogueiro que fala exclusivamente sobre liderança, gerência e fatos do dia-a-dia no ambiente corporativo. Hoje, queria exercer meu direito de imprensa independente, de brasileiro, de cidadão.

Gostaria hoje de exaltar o dia 28 de novembro de 2010 - o dia que o Morro do Alemão foi tomado pela coalizão de segurança formada pela brigada militar, marinha e exército brasileiros. É um dia para entrar para história. Talvez daqui a dez anos olhemos para trás, enquanto caminhamos tranqüilamente num parque em plena madrugada, e saibamos que só podemos fazer isso (andar de madrugada) devido ao dia 28 de novembro de 2010.

É o dia de dizer basta a vinte anos de direitos-humanos distorcidos, que exalta o assassino, que não podia ser nem tocado, mesmo que a vítima estivesse enterrada viva, e que condena um policial porque atirou em um sem-terra "só" porque ele vinha com um facão na direção dele, com o objetivo certamente de matá-lo.

É o dia de dizer basta a vinte anos de política populista burra. Se o cidadão não tivesse filho, ainda conseguiria entender que ele só estava sendo oportunista, mas um político que coloca um filho no mundo e fomenta a criminalidade, além de mal caráter e um assassino indireto, é um completo idiota, pois está fazendo mal aos seus filhos, netos e bisnetos. A esquerda imbecil, que faz oposição pela oposição, aquela oposição que só vai contra porque acha que pode ganhar votos - independente de estar certo ou errado - criou com o passar dos anos um clima de insegurança e impunidade dignos de filmes da idade média, em que um cidadão pode matar quantas pessoas quiser em seu território - como hoje ainda ocorre em muitas favelas do Rio de Janeiro.

É o dia das pessoas entenderem que um voto deve ser dado pensando no todo. Não é desculpa votar na pessoa porque você é funcionário público e acredita que, mesmo a pessoa sendo muito pior que o outro candidato, deve ela ser a vencedora senão seu salário tem chances maiores de ser congelado. O voto é algo muito maior. O voto define o futuro do país. Quem você escolheria para ser babá de seu filho de 6 meses se você tivesse que fazer uma viagem longa? Se você escolheu um ex-terrorista, aí sim, vote com a consciência tranqüila que está votando baseado em suas convicções.

É o dia de exaltar o BOPE - o Batalhão de Operações Policiais Especiais - que é hoje o símbolo de uma polícia que funciona no Brasil, onde corruptos não são tolerados dentro da organização e onde a força e o treinamento são usados objetivamente. Essa mesma polícia, principalmente a polícia civil, andava desacreditada no Brasil, pela força midiática dos mesmos esquerdinhas de merda que tocaram fogo em tudo o que poderia conter o crescimento político e o enriquecimento ilícito. A polícia, criada exatamente para combater esse tipo de pessoa, foi uma escolha óbvia para esses políticos que criaram diversas artimanhas para desestruturar a ordem no Brasil. Há corruptos na polícia? Certamente há, mas há em todas as profissões: médico, engenheiro, porteiro, gerente e, como bem se sabe, político. Se quisessem o bem do Brasil, não teriam tornado a polícia fonte de chacota, sucateada com orçamentos irrisórios, mas sim prendido os corruptos e dado o ferramental para o aparelhamento e o combate a esse tipo de corrupção ativa.

É o dia de olhar para a rua de dentro da sua sala, que provavelmente tem as janelas gradeadas e, quem sabe, pertence a uma casa localizada dentro de um condomínio que possui cerca elétrica e arame de concertina (aquele mesmo usado em campos de concentração), e pensar que talvez um dia você consiga estar ali, a 100 metros de onde está agora, sem sentir medo de ser roubado e assassinado. É o dia de começar a inversão dos valores atuais, que deixa os criminosos na rua enquanto, mesmo pagando impostos absurdamente altos, tenhamos que nos prender dentro de casa e pagar pela nossa própria segurança.

É o dia do início da esperança, que se Deus quiser não morrerá nos interesses de políticos corruptos que já estão procurando motivos para acabar com o grande levante popular causado pela invasão ao Morro do Alemão, que deixou no ar esse gostinho de "finalmente", que fez ressurgir um certo sentimento de nacionalismo, de jactância de nosso país, de ufanismo, que tanto incomoda quem quer enriquecer ilegalmente, quem só pensa em seu próprio umbigo.

É dia de pendurar uma bandeira do Brasil na sua casa.
É dia de desabafo.
É dia de blogueiro esquecer o foco do seu blog e exaltar a possível nova ordem do Brasil.
É dia de ser brasileiro.
É dia de ser feliz.

Por Dr. Zambol - matéria extraída do blog: Tribo do Mouse

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O atalho é um caminho mais longo




“ Tudo Pelo Social é impossível. Alguma coisa terá que ir pelo elevador de serviço”    


O resgate da dívida social do Brasil é urgente e imprescindível. Esse Pais que sempre soube vencer seus desafios agora tem pela frente um enigma para o qual quatro gerações de ideólogos, do vermelho sangue ao verde oliva, não encontraram resposta satisfatória. Com 2.200 dólares de renda per capita muitos dos problemas sociais que nos afligem já deveriam ter sido resolvidos. Países com renda equivalente possuem índices de escolaridade, saúde pública e nutrição muito superiores aos nossos. Na década de 50 ainda era Possível ironizar as utopias distributivistas da onírica esquerda brasileira. Afinal, o único especialista em distribuir pães sem antes tê-los produzido já falecera há dois mil anos e, depois dele, a multiplicação de pães só vem podendo ser feita através da prévia multiplicação das padarias. O incremento da produção, durante três décadas, foi uma bandeira quase que unânime da sociedade. Hoje, infelizmente, para contentar a todos necessário erguer mais alguns mastros.

A eternamente mal-humorada esquerda brasileira não tem razão quando alega que a miséria, no Pais, aumentou. A taxa de mortalidade infantil, que na década de 40 era de 25% , caiu para 7%; a expectativa de vida, que naqueles “anos dourados” era de 40 anos, hoje é de 63 . O analfabetismo, que foi superior a 50%, atualmente ronda a faixa dos 15 a 20%. O número de universitários decuplicou, o número de vagas escolares, proporcionalmente à população de faixa etária adequada, aumentou sensivelmente. Temos um leito hospitalar para cada 300 habitantes (1/1000,em 1940), e um médico para cada 750 habitantes (1/2500 em 1940). Os índices de saneamento básico também apresentaram sensível melhora e, qualquer outro indicador sério e confiável que se analise demonstrará avanços através do tempo.Por que, então, a atual preocupação com a miséria?Por uma razão simples. Na dourada década de 40 a miséria estava convenientemente longe dos olhos da opinião pública. Confinava-se no interior do Brasil, a uma razoável distância dos centros urbanos, onde uma classe media próspera vivia suas aspirações de grandeza sem maiores comprometimentos com as mazelas nacionais. Hoje não. A concentração da população nas metrópoles trouxe os miseráveis e maltrapilhos para a esquina de nossas casas. Não podemos mais ignorá-los. Eles estão em favela do nosso bairro, no semáforo da nossa rua, no assalta à nossa casa. Apesar de ser menor do que no passado, hoje, eles estão, com seu colorido dramático. O que fazer então?
A caridade, nas suas mais diversas modalidades, apesar de ser uma excelente solução para a auto absolvição de cada um, não resolve eficientemente o problema. Repressão e confinamento também não adianta. A não ser que queiramos criar aqui uma nova África do Sul. Enquanto cruzamos os braços, sem saber como proceder, as esquerdas, espertamente, avançam.Suas soluções são tão desconcertantes quanto as nossas. Não acabam com a pobreza e sim com a riqueza. Falam em dividir os campos. O resultado prático é a exportação da miséria de volta à zona rural. Propõem aumentar drasticamente o salário mínimo. Conseguirão apenas incrementar o desemprego e o subemprego. Tentam, através do incitamento a greves e passeatas, promover a ascensão social que, reza o bom senso, só pode ser obtida através do trabalho e do esforço pessoal. Pretendem apagar o fogo através de baldes de gasolina.Permeando os equívocos da esquerda e da direita está o Estado, cujos dirigentes, de forma canhestra e desastrada, esperam equacionar o problema da miséria através do ópio paternalista. Ao mesmo tempo em que distribuem o leite, desincentivam a proliferação das vacas. Quanto mais procuram baratear os alimentos, através de tabelamentos de preços, mais os encarecem através da desmontagem da estrutura produtiva. Prometem casa para todos e arrasam a construção civil, querem aumentar o numero de empregos mas, simultaneamente, aumenta os encargos trabalhistas. O povo talvez vivesse melhor não fossem tantos os seus pretensos defensores…
Há quem diga que, frente a tamanha competência, se entregassem o governo brasileiro a administração do deserto do Saara, em poucos anos iria faltar areia.Eivada por tão desastrosos equívocos, lentamente a nação vai amadurecendo para a aceitação de soluções racionais e anti-demagógicas.Estamos todos à procura de dirigentes que, finalmente, nos prometam o óbvio. Alguém que acredite, por exemplo, que sem trabalho não há progresso, sem sacrifício não há desenvolvimento, sem austeridade não se chega à prosperidade. Alguém que abdique da popularidade imediata em nome do prestigio permanente. Alguém, enfim, que proclame aos quatro ventos aquilo que todos nós já sabemos intimamente: merthiolate que não arde, infelismente também não cura. Governar não é tornar medidas simpáticas e sim necessárias, não se promove o “social” através de um minuto de heroísmo mas através de milhares de dias de trabalho incessante. Não se obtém a independência erguendo-se a espada, mas sim manejando-se a enxada.
Deixemos os heróis confinados às praças. Os pombos cuidarão deles. Precisamos hoje é de homens racionais, sensatos e realistas.Como dizia o filósofo, um povo que precisa de salvadores não merece ser salvo. Não ha soluções milagrosas. Queremos ir ao céu sem passar pelo purgatório. E enquanto não encontramos um jeito, continuamos por aqui, queimando no inferno.

Artigo escrito em 17 de março de 1989. Extraído do livro Nu com a mão no bolso.

sábado, 4 de setembro de 2010

Semana da Pátria...

Independência?

Participando das comemorações da "Semana da Pátria", organizado pelo Dpto de Educação, nesta semana, um discurso muito me chamou a atenção.... o da Diretora da E.M. Profa. Benedita Camargo Valêncio, a Sra. Cristiane Senne de Oliveira. O qual publico aqui no Blog, para reflexão de todos....

"Dia da Pátria! Dia de recordações e dia de esperanças! Do Brasil de ontem para o Brasil de amanhã, pois  podemos contemplar a gloriosa caminhada feita para dela aprendermos a caminhada a fazer.
Este dia não é só de rememoração de glórias, mas também de renovação de esperanças. Porque, positivamente não há, no Brasil, lugar para o desespero, para o desencanto, para o tédio, da vida, para o horror à vida. Toda a experiência brasileira induz ao otimismo, toda a obra de civilização do Brasil tem servido para libertar do pessimismo a consciência brasileira.
Para a verdadeira independência é indispensável o fim dos contrastes, infelizmente é lamentável o abismo que se alarga entre ricos e marginalizados no país, entre aqueles a quem não falta pão e aqueles que não obtêm senão migalhas.
A independência do Brasil é um símbolo da conquista da autonomia política e administrativa do país, é indispensável que à democracia política correspondam a democracia econômica e a democracia social.
De todos os grandes trunfos como povo, nenhum outro excede à consolidação da democracia política, hoje realidade incontestável. Porém, é preciso fazer muito mais do que garantir a plena normalidade constitucional e as liberdades individuais e coletivas, é preciso  alterar as diferenças positivamente.
O abismo que se alarga entre ricos e marginalizados no país, entre aqueles a quem não falta pão e aqueles que não obtêm senão migalhas, tem origem nas circunstâncias políticas, econômicas e sociais inclusiva da nossa Independência, que foi proclamada preservando-se, por exemplo, a instituição escravista.
Não fomos, no nascedouro, um país de homens livres, mas uma nação em que seres humanos ainda eram explorados duramente e reduzidos à condição de meras mercadorias.
Essas situações devem ser encaradas com determinação e coragem moral, pois não se constrói o futuro de uma sociedade sobre o fundamento de injustiças históricas, cuja carga de perversidade se estende até o presente.
Não pode haver maior prioridade governamental do que a redução do que separa os detentores da riqueza dos eliminados de toda esperança.
Não é admissível que, milhões de pessoas sobrevivam abaixo da linha da pobreza.
Todas as crises pelas quais está passando o Brasil, e que dia a dia sentimos crescer aceleradamente - a crise política, a crise econômica, a crise financeira - não vêm a ser mais do que sintomas, de uma suprema crise, a crise moral.
É recusavel aceitar aqueles que silenciam e, portanto, se acumpliciam. Discordar em silêncio pouco adianta.
Nós brasileiros, de um modo geral, ainda não nos apercebemos do fato de que para melhorar nosso país, precisamos abrasileirar o Brasil e que, para tanto, um pouco de civismo e de brasilidade serão ferramentas necessárias e fundamentais.
Não sabemos o verdadeiro valor da independência do nosso país, pois ela não foi  conseguida com muita luta, ao contrário ,  foi decretada pelo próprio imperador. Entretanto, isso não a torna menos importante.
No Brasil,  infelizmente, o dia 7 de setembro é apenas mais um feriado e, pior ainda, quando cai numa segunda ou sexta-feira, a grande maioria das pessoas aproveita o “feriadão”, mas ninguém se lembra e nem discute a importância da data que concede direito ao feriado.
 A Independência do Brasil é o marco maior da História Brasileira, ela foi o sonho dos inconfidentes, foi o desafio pátrio de Dom Pedro, que, mesmo sendo português, houve por bem tirar o Brasil do domínio de Portugal. Que fatos o teriam levado a proclamar a Independência?
 Os motivos que culminaram com a Independência, hoje são meros relatos nos livros de História, que os alunos ouvem e esquecem logo depois. Parece até que esses motivos não têm nenhuma relação real com a vivência dos dias atuais, o que é um erro lamentável, pois a História é um eterno continuar e é somente conhecendo o passado que se pode fazer o presente e projetar o futuro.
Um país que quer ser grande tem que comemorar suas datas cívicas. Talvez a situação problemática do país esteja relacionada, de alguma forma com a falta de civismo.
Pois é, enquanto continuarmos a achar que o dia 7 de setembro é só mais um feriado, estaremos adiando a nossa verdadeira independência, que está acima das questões econômicas, políticas e sociais. Refiro-me a independência moral, aquela que nos coloca à frente das questões que nos afligem de uma forma explícita e que só conseguiremos alcançar se tivermos uma postura ética e determinada, em relação aos problemas brasileiros.
Um país que não comemora suas datas cívicas possui uma nação que não tem sentido e que não se identifica com a terra onde nasceu. Somos brasileiros, nascemos no Brasil. Então, vivamos toda a brasilidade possível, pois só assim seremos um país forte, independente de quem esteja no governo.
Nada há como o sonho para criar o futuro, ninguém irá além do que enxergarem seus olhos. Por isso, à todos os presentes, que hoje, talvez mais que ontem, precisamos sonhar, mas não é só isso, precisamos sonhar, e ousar mais, e realizar mais.
Precisamos nos perguntar  quem somos e o que temos feito? Precisamos dar continuidade à história da nossa independência, e essa grande missão, irrenunciável, devemos exercer colocando tudo quanto somos no mínimo que fazemos. Foi uma mentalidade assim que nos garantiu glória no passado e que nos assegurará paz no futuro!
Em 7 de setembro de 1822, há exatamente 188 anos, D. Pedro I, um rapaz com menos de 24 anos e que começara a governar o país como regente aos 22, proclamava a nossa independência. Só dá para imaginar que esse jovem era um governante muito à frente do seu tempo - e, de fato, o era -, pois, antes, já afrontara os valores da escravidão, atitude que, à época, significava andar na contramão da história e do poder
Volto, então, a perguntar: quem somos e o que temos feito? Precisamos dar continuidade à história da nossa independência, e essa grande missão, irrenunciável, devemos exercer colocando tudo quanto somos no mínimo que fazemos. Foi uma mentalidade assim que nos garantiu glória no passado e que nos assegurará paz no futuro! 

FELIZ 7 DE SETEMBRO A TODOS !!! "

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Dom Dimas Lara Barbosa expressa posição inegociável da CNBB frente o tema do aborto e as eleições

Mesmo estando super atarefada com os trabalhos do gabinete, não poderia deixar de publicar essa importante nota da CNBB no Blog:

O jornal O Estado de S. Paulo, em sua edição de sexta-feira, 20, na página A7, trouxe uma nota afirmando que o secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, “admitiu que os católicos votem em candidatos que são favoráveis ao aborto”. A citação, fora de seu contexto, leva o leitor a interpretações que não correspondem em absoluto à posição do secretário geral em relação a este tema.
Diante disso, o secretário solicitou uma retificação por parte do jornal que foi publicada na edição deste sábado, 21, na página 2, coluna Fórum dos Leitores.

Publicamos abaixo a íntegra do texto:

Prezado Senhor Diretor de Redação,

Foi com desagradável surpresa que vi estampada minha fotografia no topo da página A7 da Edição de hoje, sexta-feira, 20 de agosto, com a nota de que eu teria admitido que os católicos votem em candidatos que são favoráveis ao aborto.
Gostaria de expressar, mais uma vez, a posição inegociável da CNBB, que é a mesma do Magistério da Igreja Católica, de defesa intransigente da dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. O aborto é um crime que clama aos céus, um crime de lesa humanidade. Isso, evidentemente, não significa que o peso da culpa deva recair sobre a gestante. Também ela é, na maioria das vezes, uma grande vítima dessa violência, e precisa de acompanhamento médico, psicológico e espiritual. Aliás, esses cuidados deveriam vir antes de uma decisão tão dramática.
Os católicos jamais poderão concordar com quaisquer programas de governo, acordos internacionais, leis ou decisões judiciais que venham a sacrificar a vida de um inocente, ainda que em nome de um suposto estado de direito. Aqui, vale plenamente o direito à objeção de consciência e, até, se for o caso, de desobediência civil.
O contexto que deu origem à manchete em questão é uma reflexão que eu fazia em torno da diferença entre eleições majoritárias e proporcionais. No caso da eleição de vereadores e deputados (eleições proporcionais), o eleitor tem uma gama muito ampla para escolher. São centenas de candidatos, e seria impensável votar em alguém que defenda a matança de inocentes, ainda mais com dinheiro público. No caso de eleições majoritárias (prefeitos, senadores, governadores, presidente), a escolha recai sobre alguns poucos candidatos. Às vezes, sobretudo quando há segundo turno, a escolha se dá entre apenas dois candidatos. O que fazer se os dois são favoráveis ao aborto? Uma solução é anular o próprio voto. Quais as conseqüências disso? O voto nulo não beneficiaria justamente aquele que não se quer eleger? É uma escolha grave, que precisa ser bem estudada, e decidida com base numa visão mais ampla do programa proposto pelo candidato ou por seu Partido, considerando que a vida humana não se resume a seu estágio embrionário. Na luta em defesa da vida, o problema nunca é pontual. As agressões chegam de vários setores do executivo, do legislativo, do judiciário e, até, de acordos internacionais. E chegam em vários níveis: fome, violência, drogas, miséria... São as limitações da democracia representativa. Meu candidato sempre me representa? Definitivamente, não! Às vezes, o candidato é bom, mas seu Partido tem um programa que limita sua ação. Por isso, o exercício da cidadania não pode se restringir ao momento do voto. É preciso acompanhar, passo a passo, os candidatos que forem eleitos. A iniciativa da Ficha Limpa mostrou claramente que, mesmo num Congresso com tantas vozes contrárias, a força da união do povo muda o rumo das votações.
Que o Senhor da Vida inspire nossos eleitores, para que, da decisão das urnas nas próximas eleições, nasçam governos dignos do cargo que deverão assumir. E que o cerne de toda política pública seja a pessoa humana, sagrada, intocável, desde o momento em que passa a existir, no ventre de sua própria mãe.

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

Fonte: CNBB

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Educação...

Conheça o ranking das notas do IDEB de nossa região:


Nota do Blog: Para refletirmos a posição de nosso município no ranking do IDEB 2009, deixo aqui a redação da estudante Clarice Z. Vianna Silva, da UFRJ, que venceu o concurso de redação da Unesco.

Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva



'PÁTRIA MADRASTA VIL'


Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?



A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Impotência Política

"Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir" (Sêneca)


Ontem o dia não foi dos melhores, mas quando coloquei minha cabeça sobre o travesseiro, refleti sobre os acontecimentos e lembrei-me logo de um artigo do curso de Adm Pública, que fiz no ano passado pelo Senado, que também foi publicado no Blog Rascunhos Compartilhados, do artigo de Jo Freeman, “A Tirania das Organizações Sem Estrutura” (1970), que alertava que os agentes com dogmas anti-hierárquicos acabavam legitimando e encobrindo um outro tipo de hierarquia, “as panelas”, sem a clareza das hierarquias bem definidas em organogramas verticais ou camadas de relevância. Mesmo em empreendimentos mais anárquicos, como nas ONGs ou grupos de voluntários, autoridades surgiriam a partir de fatores como a consistência das contribuições e/ou o grau de envolvimento [meritocracia].

Abaixo um trecho de “A Tirania das Organizações Sem Estrutura”:

Impotência política

“...Quando um grupo não tem uma tarefa específica (e a conscientização é uma tarefa), as pessoas voltam suas energias para o controle de outras pessoas do grupo. Isto não é feito tanto por um desejo maligno de manipular os outros, quanto pela falta de alguma coisa melhor para fazer com seus talentos. Disputas internas e jogos de poder pessoais tomam conta do dia. Quando um grupo está envolvido numa tarefa, as pessoas aprendem a conviver com os outros como são e a desprezar antipatias em benefício de objetivos maiores. Há limites colocados à compulsão de moldar cada pessoa à concepção que se tem do que deve ser.
O fim da conscientização deixa as pessoas sem direção e a falta de estrutura as deixa sem meios de chegar lá...”

E para reflexão:

O que é Hierarquia?
Por Carlos Nepomuceno

“Organização social em que se estabelecem relações de subordinação e graus sucessivos de poderes, de situação e de responsabilidades”
No mundo 2.0, estamos precisando de oxigênio e dinamismo.
Assim, a nova hierarquia estará mais baseada no mérito, do que nas funções, pois o que interessa é quem pode naquele momento ajudar a resolver dado problema, independente qualquer cargo.
Não estamos no mundo sem responsabilidades, mas de um novo tipo de responsabilidade, mais compartilhada, para se ganhar dinamismo e, portanto, inovação.
O ser humano tem uma capacidade limitada de receber informações e agir.
Portanto, precisa priorizar.
E para priorizar necessita basicamente de filtrar e criar prioridades.
De funções, tempo e de atividades.
Qualquer mundo que nós entremos será regido por essa limitação.
E será estabelecida algum tipo de hierarquia mais ou menos flexível.
Algumas coisas e pessoas terão mais relevância que outras, pois não podemos dar atenção a tudo!

A não ser que inventem outro ser humano.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

14º Encontro de Casais com Cristo

É com alegria que estaremos novamente trabalhando no Encontro de Casais com Cristo da Paróquia São José. Esse será o 14º encontro de nossa cidade, que acontece nos dias 23,24 e 25 de julho.

O que é o Encontro de Casais com Cristo (ECC)?

É um serviço da Igreja, em favor da evangelização das famílias. O ECC procura construir o Reino de Deus, aqui e agora, a partir da família, da comunidade paroquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a comunidade e, principalmente, com Cristo. Para isto, busca compreender o que é "ser Igreja hoje" e de seu compromisso com a dignidade da pessoa humana e com a Justiça Social.

A evangelização do matrimônio e da família é missão de toda a Igreja, em que todos os fiéis devem cooperar segundo as próprias condições e vocação. Deve partir do conceito exato de matrimônio e de família, à Luz da Revelação, segundo o Magistério da Igreja (Orientações pastorais sobre o matrimônio – CNBB Doc. Nº 12) (DN-pág. 13)

O ECC acontece anualmente em nossa Paróquia, sempre na última semana de julho.
Para participar entre em contato com a secretaria da Paróquia S. José, e preecha sua ficha.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um dos cara que admiro...

Nobel da Paz Desmond Tutu se retira da vida pública

Religioso e um dos líderes contra o Apartheid na África do Sul diz que quer "tempo para as coisas que sempre quis fazer"

O Nobel da Paz e arcebispo anglicano emérito da Cidade do Cabo, o sul-africano Desmond Tutu, anunciou nesta quinta-feira que deixará a vida pública no dia 7 de outubro, quando completará 79 anos.

"Chegou o momento de ir mais devagar e de tomar chá de rooibos (bebida típica da África meridional) com minha mulher", disse Tutu em entrevista coletiva, com seu habitual sorriso e sem deixar de fazer brincadeiras com os jornalistas. "Creio que fiz tudo que podia fazer e preciso realmente de tempo para todas as coisas que sempre quis fazer", declarou.

Desmond Tutu liderou, ao lado de Nelson Mandela, a luta contra o Apartheid na África do Sul
A partir da próxima primavera na África do Sul, Tutu, que dedicou sua vida à defesa dos direitos humanos e durante muitos anos foi um dos ícones da luta contra o Apartheid, afirmou que poderá "ver partidas de críquete, rugby, futebol e tênis" com maior tranquilidade.
"Viajarei para ver meus filhos e meus netos, ao invés de ir a conferências e a centros universitários", disse Tutu, que interrompeu em várias ocasiões a entrevista para rir de suas próprias palavras e das perguntas dos jornalistas.
A partir de agora, Tutu não atenderá mais a pedidos de entrevistas. "Como disse Madiba (Nelson Mandela) quando se retirou da vida pública (em 2001): 'Não me chamem, eu lhes chamarei", explicou.
Tutu afirmou que apenas continuará trabalhando com o Grupo dos Sábio ("The Elders"), que reúne ex-dirigentes e prêmios Nobel da Paz como o ex-presidente americano Jimmy Carter ou o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
O líder religioso recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1984 antes de ocupar o Arcebispado anglicano da Cidade do Cabo, à frente do qual esteve entre 1986 e 1996.
No meio deste período, a África do Sul saiu do Apartheid para se transformar em um Estado democrático. O processo contou ainda com a eleição de Mandela como primeiro presidente negro do país, em 1994. No novo regime, Tutu liderou a Comissão da Verdade e Reconciliação sul-africana.

Fonte: iG São Paulo

Sociedade, sua raça louca!

A música "Society" é significativa para mim: a felicidade está na simplicidade e não no que o dinheiro pode comprar... Ela faz parte do repertório do filme "Na Natureza Selvagem".
Fica aí a reflexão...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dia do amigo - Como definir um amigo?

Como definir um amigo? Segundo o Dicionário Aurélio, amigo é aquele ligado a outro por laços de amizade. Em que há amizade. Amizade, portanto, é um sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou atração sexual.
Quem é ou tem um amigo, sabe que a amizade vai muito além da definição de um dicionário. No decorrer da vida, nós desfrutamos da companhia de diferentes tipos de amigos: Os amigos de nossa infância, dos quais nós podemos lembrar vagamente. Os amigos da escola. O 'melhor' amigo da adolescência. Colegas que encontramos no serviço, e se tornam grandes amigos. Amigos com os quais compartilhamos bons momentos, companheiros de farra...
Mas, de todos ainda existem relações de amizades eternas, que nem mesmo a distância ou a falta de tempo, nos limitam a preservar, por muito tempo ou por consistência, esse sentimento.
Portanto, hoje, em comemoração ao Dia da Amizade, celebre a data com o amigo por perto ou de longe... faça um contato, por mais breve que seja, e reacenda os laços que os unem de amizade, de respeito. Para que ele saiba e sinta o quanto você o considera.
E para os meus eternos amigos deixo um recado, a belíssima frase do poeta Vinícius de Moraes:
“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mk em Imagens...

Qual a explicação?
Será a ação do tempo ou Será a falta de cuidados?


“Falando” com a geração Y – Histórias do Pimentel

Esta historinha foi publicada no blog Foco em Gerações.

Pimentel, presidente da XYZ, chamou o gerente de RH e o gerente de comunicação para uma reunião.
- Olha só, precisamos modernizar a empresa. Minha filha disse que a XYZ é muito careta.
Pimentel pegou um jornal e apontou para uma enorme matéria sobre a geração Y.
- Preciso falar com essa nova geração.
O gerente de comunicação abriu um sorriso e sussurrou:
- Vamos lançar um blog…
Pimentel interrompeu o devaneio:
- Que blog que nada. Não vamos colocar a empresa sob risco. Vamos criar o “casual day”. Na sexta-feira todos poderão vir mais a vontade.
Dessa vez foi a vez do gerente de RH sorrir.
- Vamos liberar o jeans e tênis.
Pimentel reagiu:
- Calça jeans com joelho rasgado? Nem pensar. Tem que ser calça de tergal.
O gerente de RH tentou:
- E se a gente formasse um grupo para pensar o que for melhor? Poderíamos até chamar alguns jovens para participar do grupo de elaboração das mudanças e…
Pimentel, batendo com a ponta da caneta no polido tampo da mesa de mármore, interrompeu:
- Não precisamos disso. Para que tirar o pessoal do trabalho? Ainda mais que vão aparecer ideias que não vão ser boas para a empresa. Anota aí. Toda sexta-feira será o “casual day” com calça de tergal e camisa de botão.
E olhando para o gerente de comunicação:
- Pode divulgar amanhã?
Calça de tergal… essa eu peguei pesado. Alguém sabe aí do que se trata?
Ironias a parte, ainda tem muitos Pimentéis por aí, né?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

I ComerciArte


Nota do Blog: Vale a pena conferir o I ComerciArte de Mairinque.... Prestigiem, meu filho estará se apresentando... será que sou mãe coruja? rsrsrs

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mais uma estatal

Por Celso Ming

O governo Lula está anunciando a criação de mais uma empresa estatal, desta vez na área de seguros, a Segurobrás. O argumento é o de que essa empresa vai cuidar do seguro das grandes obras de infraestrutura.

Fica difícil saber por que mais essa estatal num ramo de negócios que é normalmente privado em todo o mundo. Se essa fosse a resposta mais racional e mais eficiente, tudo bem criar mais essa estatal.

O problema é que a ideia é sempre outra. A ideia é arranjar cabide de emprego e, evidentemente, corrupção para a cupinchada política. E é isso que não faz sentido.

Nota do Blog:

Como comentado no site do Estadão, aqui também parabenizo o Celso Ming, pela crítica objetiva e contundente.

O Brasil precisa de mais críticos assim, para opinar sobre esse inchaço governamental absurdo e nocivo à sociedade.

E pergunto: quantos brasileiros prestaram atenção à esta notícia?

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terça-feira, 13 de julho de 2010

Nossos filhos e a internet

A empresa de tecnologia Norton Brasil,realizou estudo a respeito da navegação das crianças.
A pesquisa Norton On Family 2010, foi realizada em 14 países, entre eles o Brasil, com 2.805 crianças de 8 à 17 anos; 7.065 adultos, dos quais 1.667 eram pais de crianças na idade pesquisada.
Os dados são alarmantes, se pensarmos que as medidas preventivas são simples de serem executadas: muito diálogo, conversas sobre perigos reais da internet e acompanhamento constante das navegações dos filhos. E é claro, o bom e velho limite.

Alguns dados:
- As crianças passam em média 1,6 horas/dia navegando em sites, joguinhos ou em programas de mensagens instantâneas. As crianças brasileiras passam 18,3h/semana on line.
- Apenas 52% dos pais disseram que sabem mais ou menos o que seus filhos veem na internet.
- 62% das crianças já tiveram má experiência na internet
- 1/3 das crianças sentem medo, frustração e preocupação com o que vêem na internet
- 87% deles diriam aos pais se acontecesse ameaça física, porém 84% não contaria nada se sofresse ameaças on line

As dicas que o estudo dá para os pais, vai muito de encontro ao bom senso das famílias e o uso da internet por nossas crianças:
-  Converse muito com seu filho sobre os perigos reais
- Só permita que adicione quem ele e você conhece
- Certifique-se que ele lhe dirá se alguém on line quiser conhecê-lo pessoalmente
- É importante que seu filho confie e lhe conte tudo e saiba que pode contar com sua ajuda e compreensão
- Monitorar telefonemas e contas de telefones
- Não proibir o acesso às tecnologias

Parece simples, mas infelizmente tem pai que não se atenta.
Aqui deixo uma pergunta: Já visitou o Orkut do seu (sua) filho (a) hoje?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Inverno, minha estação preferida!

Ah, o inverno, minha estação preferida. Mesmo tendo crises intermináveis de sinusites, Aaaamo frio!!! Maquiagens bem feitas, cabelos mais bonitos, pessoas bem e melhores vestidas...
E pela primeira vez, no último sábado, fui conhecer o tão famoso “Circuito das Malhas” no Sul de Minas. Apesar do enorme cansaço, economicamente vale a pena. Tem moda pra todo gosto e bolso, os preços são de fábrica, sem contar que dá pra parcelar as compras, uma ótima opção para as sacoleiras. Além de todas essas vantagens, a que mais chamou a atenção – não somente a minha – foi o atendimento nas lojas, os paulistas deveriam fazer curso de atendimento com eles... sem exceção alguma, o atendimento e acolhimento em todas as lojas foi nota 1000, o qual me fez lembrar da postagem no twitter de um amigo: "quanto menor a cidade, maior a simpatia; quanto menor a janela, mais sincero o bom dia". Parabéns povo mineiro!!! Voltarei mais vezes.
Mas, antes de me aventurar nas compras, pesquisei um pouco sobre as cidades de Jacutinga e Monte Sião, para conhecer a história de cada uma delas. Confira:

JACUTINGA
Não tem grande tradição no turismo convencional, mas é integrante do circuito das malhas do Sul de Minas juntamente com as cidades de Ouro Fino e Monte Sião. Tem população estimada de 16.000 mil habitantes e seu nome origina-se a uma ave abundante na época de fundação em 1835 – o Jacu Branco.
Cresceu comercialmente nos anos 90, onde as fábricas de malhas originavam-se nos fundos dos quintais. Hoje, a cidade agrega grandes fábricas e o comércio movimenta a economia local.

MONTE SIÃO
Conhecida como a Capital Nacional do Tricô, também é integrante do Circuito das Malhas e do Circuito das Aguas Paulistas por estar limitrofe com cidades como Aguas de Lindoia, Socorro, Serra Negra; todas cidades conhecidas por serem belissimas cidades que disponibilizam aos visitantes turismo de aventura, turismo rural, eventos agropecuários .
A história de Monte Sião remonta ao século XVII, mas somente em 1954 passa a ser considerada Estância Hidromiral. Em 1982, Monte Sião é considerada cidade turística fortalecendo assim o seu crescimento e seu reconhecimento internacional.
A primeira igreja (foto) dedicada a Medalha Milagrosa, foi construída em Monte Sião em 1849. Pesquisas realizadas em documentos arquivados na Cúria de São Paulo, Pouso Alegre, em arquivos paroquiais e particulares de Ouro Fino e Monte Sião, comprovam a afirmação desse pioneirismo religioso. De fato, no mesmo ano em que se deu o milagre da aparição da Virgem Santíssima a Catarina Labouré, cerca de 105 famílias católicas habitavam as terras de Monte Sião. Na época, o lugarejo ainda estava coberto por densa mata, sem padre, sem igreja e com precário meio de comunicação, porém, calcula-se por volta de 1838, quando o lugarejo era elevado a arraial do Jabuticabal, a devoção da Medalha Milagrosa já estava ali.
O municipio de Monte Sião, é circundada por belissimas serras e a cidade, cachoeira, fontes de águas minerais e rio propicio para a pesca de lambaris.
A população estimada de Monte Sião é de 18.000 habitantes e sua economia é voltada para o comércio de malhas.
Bom, é isso. Vocês conheceram um pouco das cidades que visitei no último final de semana, e que fazem parte do “circuito de compras no Sul de Minas”.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Revolução Constitucionalista de 1932 = Feriado 9 de Julho

Instituido pela Lei 9.497 de 5 março de 1997, sancionada pelo governador Mário Covas, todo dia 9 do mês de julho é feriado civil no Estado de São Paulo.



Razão do feriado: Como todo mundo aprendeu em História do Brasil, a Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma luta armada que teve dois objetivos, basicamente: derrubar o governo provisório de Vargas e conquistar o direito de uma nova Constituição para o país. Conseqüências sociopolíticas à parte, não podemos deixar de lembrar e prestar homenagens aos inúmeros soldados que derramaram seu sangue neste conflito, para que fosse promulgada uma nova Constituição.

História
Por que 9 de Julho?
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento armado ocorrido entre julho e outubro de 1932 e tinha por objetivo a derrubada do governo do presidente Getúlio Vargas. Ele havia assumido o poder em 1930.
Com um governo provisório, mas de amplos poderes, Vargas fechou o Congresso Nacional, aboliu a Constituição e depôs todos os governadores. Insatisfeita, a população iniciou protestos e manifestações, como a do dia 23 de maio, que terminou num conflito armado. A revolução então acabou eclodindo no dia 9 de julho, sob o comando dos generais Bertolo Klinger e Isidoro Dias.
O levante se estendeu até o dia 2 de outubro de 1932, quando os revolucionários perderam para as tropas do governo. Mais de 35 mil paulistas lutaram contra 100 mil soldados de Getúlio Vargas. Cerca de 890 pessoas morreram nos combates. Getúlio Vargas permaneceu no poder até 1945, mas já em 1934 era promulgada uma nova Constituição dando início a um processo de democratização. Sinal de que o sangue paulista não foi derramado em vão.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A ética agora é roubar

Quando Fernando Henrique Cardoso, do alto de sua cátedra de sociólogo emérito, declarou, meses atrás, que a ¨ética do PT é roubar¨, não foram poucos os protestos escandalizados que ouviu. Hoje em dia, não haveria mais do que murmúrios envergonhados. Quando a corrupção grassa por toda parte, quando o próprio presidente empresta o seu prestígio para defender notórios larápios, é para começar a acreditar na cruel sentença do ex-presidente.
Para quem, por dever de ofício (sou jornalista), vem acompanhando com acuidade a história desse partido, a declaração de Fernando Henrique não tinha nada de surpreendente.

Os primeiros petistas, lá pelos inícios dos anos 80, nutriam uma interpretação muito particular do que fosse corrupção. Para eles, tratava-se de um problema menor, que seria automaticamente banido, uma vez implantada a sociedade sem classes. ¨O verdadeiro roubo, na sociedade, se dá entre patrões e proletários: tudo o mais advém disso.¨ Como corolário deste raciocínio, não haveria nada de mais entre burgueses espoliando burgueses (isso é próprio do capitalismo) ou, então, entre pseudo-socialistas extraindo verbas do erário (é um dinheiro expropriado da burguesia para ser usado contra a própria burguesia).

Esse discurso, obviamente, não pegou. Não porque os petistas o considerassem de alguma forma equivocado, mas sim porque, na leitura deles, a sociedade brasileira, em especial a classe média, se arraigava a valores conservadores, tais como honestidade, integridade, austeridade e escrúpulo no trato do dinheiro público.
Após apanharem fragorosamente nas urnas por sucessivas eleições, os petistas decidiram fazer uma releitura de seu discurso. Não daquele básico, de extração marxista, razão de ser do partido, mas sim do discurso voltado para as massas. O PT, ao menos nas palavras,tornou-se um partido pequeno-burguês típico, bradando contra a imoralidade, exigindo cadeia para os corruptos e, paranoicamente, encontrando larápios em potencial até mesmo debaixo dos próprios colchões.

Não havia um pingo de sinceridade nesse discurso. Ele serviu apenas como escada para o PT ganhar as eleições. Tanto isso é verdade que foi abandonado com a maior sem-cerimônia, tão logo Luiz Inácio Lula da Silva galgou as rampas do Palácio do Planalto.

Se não o primeiro, o principal sinal de que as coisas haviam mudado se deu com aquele que ficou conhecido como ¨o escândalo do mensalão¨. Como teria agido um governo minimamente ético naquelas circunstâncias, desde que não tivesse nada a temer? Teria agido de forma determinada, de modo que não pairasse a menor suspeita sobre a sua lisura no episódio, a começar pela demissão sumária de seu então chefe da Casa Civil. O presidente Lula não só se manteve omisso durante todo o episódio como também atestou, por escrito, a idoneidade de Roberto Jefferson e, posteriormente, a do próprio José Dirceu.
 Sucessivos escândalos foram vindo à luz e Lula, numa recorrência espantosa, foi sempre dando sinais de inequívoca simpatia pela causa dos acusados. Foi assim no caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados e foi assim no caso do ex-presidente do Senado, Renan Calheiros. Lula entregou-se ao requinte de ressuscitar até mesmo os mortos, como tem ocorrido várias vezes, sendo o caso mais recente o do ex-presidente do Senado Jader Barbalho.

Simpatia pelos deserdados de Deus? Duvido. O mais provável é que o presidente e o seu staff entendam que todo esse pessoal não tenha cometido ilícito algum. Ao menos dentro daquela ética – abandonada provisoriamente, porém jamais esquecida – do partido desde a sua fundação.

Se for assim, estamos mal. O homem público convencional, quando comete um delito, ao menos tem a exata noção do que fez de errado e por quê. Os petistas, não. Cometem as maiores barbaridades e vão dormir de bem com o travesseiro, porque acreditam que tudo o que fizeram teve uma motivação justa: a ¨causa¨. Se, decerto, nos anos 60 vários de seus atuais membros se dispunham a matar, ou até mesmo a morrer, em benefício dessa maldita ¨causa¨, que mal podem ver, agora, em surrupiar algum dinheiro do erário?

 Nesta Nova República delinqüente, a classe média está emparedada. Tradicional reduto dos bons valores republicanos, desta vez ela não tem voz.

Conscientemente ou não, o PT a pinçou com tenazes de aço. Do lado dos pobres, apaziguou-os com a mesada do Bolsa-Família – mesada, sim, porque se trata de um punhado de dinheiro doado sem contrapartida, erodindo a ética do trabalho. Do lado dos ricos, porque com a política dos juros baixos e o crédito a perder de vista lhes propiciou ganhar mais dinheiro do que em toda a sua vida. A classe média, para variar, ficou bradando no deserto – quando não falando sozinha. Ela, sem dúvida, vai votar na oposição nas próximas eleições. Mas o que importa? O PT já amealhou votos suficientes para vencê-la com folga. E, para os petistas, isso é crucial. Calcula-se que, entre empregos diretos e indiretos, o Partido dos Trabalhadores (santa ironia!) tenha uns 40 mil parasitas vivendo à custa do governo. O que farão eles no caso de uma derrota?

Ora, não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe. O atual modelo econômico tem pés de barro. Essa fartura geral e irrestrita não é fruto de uma eventual maestria de Lula, mas reflexo da maior onda de prosperidade que o mundo conheceu desde a 2ª Guerra Mundial.

Retirem essa poderosa escada e o resultado é que ficarão todos ali. Desesperados, pendurados no pincel.

Artigo publicado no jornal “O Estado de São Paulo” em 04 de julho de 2008.