sábado, 4 de setembro de 2010

Semana da Pátria...

Independência?

Participando das comemorações da "Semana da Pátria", organizado pelo Dpto de Educação, nesta semana, um discurso muito me chamou a atenção.... o da Diretora da E.M. Profa. Benedita Camargo Valêncio, a Sra. Cristiane Senne de Oliveira. O qual publico aqui no Blog, para reflexão de todos....

"Dia da Pátria! Dia de recordações e dia de esperanças! Do Brasil de ontem para o Brasil de amanhã, pois  podemos contemplar a gloriosa caminhada feita para dela aprendermos a caminhada a fazer.
Este dia não é só de rememoração de glórias, mas também de renovação de esperanças. Porque, positivamente não há, no Brasil, lugar para o desespero, para o desencanto, para o tédio, da vida, para o horror à vida. Toda a experiência brasileira induz ao otimismo, toda a obra de civilização do Brasil tem servido para libertar do pessimismo a consciência brasileira.
Para a verdadeira independência é indispensável o fim dos contrastes, infelizmente é lamentável o abismo que se alarga entre ricos e marginalizados no país, entre aqueles a quem não falta pão e aqueles que não obtêm senão migalhas.
A independência do Brasil é um símbolo da conquista da autonomia política e administrativa do país, é indispensável que à democracia política correspondam a democracia econômica e a democracia social.
De todos os grandes trunfos como povo, nenhum outro excede à consolidação da democracia política, hoje realidade incontestável. Porém, é preciso fazer muito mais do que garantir a plena normalidade constitucional e as liberdades individuais e coletivas, é preciso  alterar as diferenças positivamente.
O abismo que se alarga entre ricos e marginalizados no país, entre aqueles a quem não falta pão e aqueles que não obtêm senão migalhas, tem origem nas circunstâncias políticas, econômicas e sociais inclusiva da nossa Independência, que foi proclamada preservando-se, por exemplo, a instituição escravista.
Não fomos, no nascedouro, um país de homens livres, mas uma nação em que seres humanos ainda eram explorados duramente e reduzidos à condição de meras mercadorias.
Essas situações devem ser encaradas com determinação e coragem moral, pois não se constrói o futuro de uma sociedade sobre o fundamento de injustiças históricas, cuja carga de perversidade se estende até o presente.
Não pode haver maior prioridade governamental do que a redução do que separa os detentores da riqueza dos eliminados de toda esperança.
Não é admissível que, milhões de pessoas sobrevivam abaixo da linha da pobreza.
Todas as crises pelas quais está passando o Brasil, e que dia a dia sentimos crescer aceleradamente - a crise política, a crise econômica, a crise financeira - não vêm a ser mais do que sintomas, de uma suprema crise, a crise moral.
É recusavel aceitar aqueles que silenciam e, portanto, se acumpliciam. Discordar em silêncio pouco adianta.
Nós brasileiros, de um modo geral, ainda não nos apercebemos do fato de que para melhorar nosso país, precisamos abrasileirar o Brasil e que, para tanto, um pouco de civismo e de brasilidade serão ferramentas necessárias e fundamentais.
Não sabemos o verdadeiro valor da independência do nosso país, pois ela não foi  conseguida com muita luta, ao contrário ,  foi decretada pelo próprio imperador. Entretanto, isso não a torna menos importante.
No Brasil,  infelizmente, o dia 7 de setembro é apenas mais um feriado e, pior ainda, quando cai numa segunda ou sexta-feira, a grande maioria das pessoas aproveita o “feriadão”, mas ninguém se lembra e nem discute a importância da data que concede direito ao feriado.
 A Independência do Brasil é o marco maior da História Brasileira, ela foi o sonho dos inconfidentes, foi o desafio pátrio de Dom Pedro, que, mesmo sendo português, houve por bem tirar o Brasil do domínio de Portugal. Que fatos o teriam levado a proclamar a Independência?
 Os motivos que culminaram com a Independência, hoje são meros relatos nos livros de História, que os alunos ouvem e esquecem logo depois. Parece até que esses motivos não têm nenhuma relação real com a vivência dos dias atuais, o que é um erro lamentável, pois a História é um eterno continuar e é somente conhecendo o passado que se pode fazer o presente e projetar o futuro.
Um país que quer ser grande tem que comemorar suas datas cívicas. Talvez a situação problemática do país esteja relacionada, de alguma forma com a falta de civismo.
Pois é, enquanto continuarmos a achar que o dia 7 de setembro é só mais um feriado, estaremos adiando a nossa verdadeira independência, que está acima das questões econômicas, políticas e sociais. Refiro-me a independência moral, aquela que nos coloca à frente das questões que nos afligem de uma forma explícita e que só conseguiremos alcançar se tivermos uma postura ética e determinada, em relação aos problemas brasileiros.
Um país que não comemora suas datas cívicas possui uma nação que não tem sentido e que não se identifica com a terra onde nasceu. Somos brasileiros, nascemos no Brasil. Então, vivamos toda a brasilidade possível, pois só assim seremos um país forte, independente de quem esteja no governo.
Nada há como o sonho para criar o futuro, ninguém irá além do que enxergarem seus olhos. Por isso, à todos os presentes, que hoje, talvez mais que ontem, precisamos sonhar, mas não é só isso, precisamos sonhar, e ousar mais, e realizar mais.
Precisamos nos perguntar  quem somos e o que temos feito? Precisamos dar continuidade à história da nossa independência, e essa grande missão, irrenunciável, devemos exercer colocando tudo quanto somos no mínimo que fazemos. Foi uma mentalidade assim que nos garantiu glória no passado e que nos assegurará paz no futuro!
Em 7 de setembro de 1822, há exatamente 188 anos, D. Pedro I, um rapaz com menos de 24 anos e que começara a governar o país como regente aos 22, proclamava a nossa independência. Só dá para imaginar que esse jovem era um governante muito à frente do seu tempo - e, de fato, o era -, pois, antes, já afrontara os valores da escravidão, atitude que, à época, significava andar na contramão da história e do poder
Volto, então, a perguntar: quem somos e o que temos feito? Precisamos dar continuidade à história da nossa independência, e essa grande missão, irrenunciável, devemos exercer colocando tudo quanto somos no mínimo que fazemos. Foi uma mentalidade assim que nos garantiu glória no passado e que nos assegurará paz no futuro! 

FELIZ 7 DE SETEMBRO A TODOS !!! "

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Um forte abraço,

Rose Sousa